Desenvolvimento

Usina termelétrica de Pedras Altas segue no papel

Investidores decidiram não participar de leilão de energia nesta sexta-feira

Divulgação -

O início das obras para construção de usina termelétrica em Pedras Altas está adiado. O Grupo Ouro Negro, em conjunto com a Power China International, decidiu não participar do leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) marcado para esta sexta-feira (31), como estava previsto. A expectativa é de que o governo anuncie novo certame para dezembro, mas dividido por regiões do país, o que poderia favorecer o empreendimento da Zona Sul. Enquanto a Ouro Negro não negocia a venda de energia às distribuidoras, o projeto segue preso ao papel.

"Com a economia paralisada, a demanda por energia é fraca. São quase sinônimos", destaca o empresário e ex-prefeito, Sílvio Marques Dias Neto. No leilão desta sexta, apenas 800 megawatts (MW) seriam contratados das futuras usinas. Com fontes de energia eólica e hídrica - com preços mais baixos, devido aos custos de operação mais baratos -, possivelmente a termelétrica de Pedras Altas, a carvão mineral, nem chegaria a negociar sua produção, já que a usina terá capacidade de gerar 600 MW; o equivalente a 75% de toda a demanda que a Aneel buscava no certame deste 31 de agosto.

O período pré-eleitoral também contribui para a estagnação econômica, em que os empreendedores permanecem com o pé no freio em avaliação do mercado - ressalta Dias Neto. E acrescenta: independentemente do resultado das urnas, os investimentos devem voltar a ocorrer após a definição de quem será o presidente da República a partir de 1º de janeiro de 2019.

Relembre
Após participar de leilão, a termelétrica Ouro Negro ganhará prazo de até seis anos para entrar em operação; em um total de 980 milhões de dólares aplicados. E o Rio Grande do Sul é carente de energia. Aproximadamente 50% do que é consumido pelos gaúchos vem de outros estados.

A estimativa, portanto, é de que o usina não mexa apenas com o desenvolvimento de Pedras Altas. Os municípios de Pinheiro Machado, Candiota, Bagé, Hulha Negra, Herval e Aceguá também deverão ganhar com a nova estrutura. Durante a construção, três mil empregos diretos serão gerados. Depois, para manter a unidade em funcionamento, 500 vagas devem ser abertas. São as estimativas.

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